terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A bíblia

Existe o deísmo, o ateísmo , o agnosticismo, o panteísmo, o panenteismo, o politeísmo, o henoteismo entre muitos outros, mas ainda ninguém se lembrou de considerar um livro como um verdadeiro Deus.

Poesia

Sebastião da gama, com os seus poemas transmite-nos essencialmente o amor á vida e ao mesmo tempo, a indiferença perante ela. Homem doente desde o seu nascimento Sebastião da Gama ,apercebesse desde cedo que a morte estaria por perto, e através desta ideia e da sua enorme arte de escrever compõe poemas meticulosos e ao mesmo tempo naturais que o fazem descontrair e ridicularizar da sua situação de vida. Este facto pode ser verificado em diversos poemas , mas sobretudo na composição poética “ poema da minha esperança”





Que bom ter o relógio adiantado!...
A gente assim, por saber
que tem sempre tempo a mais,
não se rala nem se apressa.
O meu sorriso de troça,
Amigos!,
quando vejo o meu relógio
com três quartos de hora a mais!...
Tic-tac... Tic-tac...
(Lá pensa ele
que é já o fim dos meus dias.)
Tic-tac...
(Como eu rio, cá p'ra dentro,
de esta coisa divertida:
ele a julgar que é já o resto
e eu a saber que tenho sempre mais
três quartos de hora de vida.)


Além de poeta, não podemos deixar de realçar o facto de que Sebastião da Gama ser um apaixonado por Joana, sua mulher, com quem esteve pouco tempo casado (três meses) no entanto tempos felizes prevaleceram. Para a sua amada, escreve durante a sua vida , muitas cartas retratando o seu dia a dia e os seus problemas, assistimos assim a uma entrega total do pensamento e de ideias.

A sua historia de vida e as suas composições poéticas provocam em mim e em qualquer outro ser , naturalmente emocional , uma expansão e mistura de sentimentos que nos dá a conhecer outra parte de nós , nomeadamente o facto de não aproveitarmos devidamente o abstracto, o momento, a cor, o realismo, e todas as diferenças que realmente preservam o pouco de bom que existe em nós.

domingo, 9 de outubro de 2011

Tempo

A calendarização da leitura desta obras está organizada da seguinte forma:

O livro de poesia será lido no primeiro período, dois dos três livros de prosa no segundo período e os restantes no terceiro.

2011


Na categoria de teatro a minha escolha vai para a obra “Deseja-se mulher” escrito por Almeida Negreiros.
O motivo desta escolha foi o facto de no ano anterior ouvir sucessivamente falar deste livro e do seu difícil alcance, o que me despertou a atenção , e me estimula para a sua leitura.


O facto de escolher na categoria de teatro o autor Almeida Negreiros, leva-me a escolher na vertente de prosa o mesmo autor para comparar obras e sobretudo “explorar as suas ideias”, portanto uma das três escolhas de prosa é “ Nome de Guerra”




Os restantes livros foram escolhidos por sorteio aleatorio:

“Resposta a Matilde” escrito por Fernando Namora

“Geografia Sentimental” escrito por Aquilino Ribeira

2011

Na continuidade do projecto de leitura iniciado no 10ºano , dou a conhecer as minhas escolhas deste ano.
Inicialmente, na categoria de Poesia optei por Sebastião da Gama poeta nacional natural de Vila Nova de Azeitão. O motivo que originou a minha escolha ,foi conhecer desde sempre um dos poemas desde autor, dedicado a sua mãe .


Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As três cidras do amor




Começo já por dizer que este é um daqueles livros que deveria ser deixado na prateleira por muito tempo, ou então devia ser dado a ler a crianças do 1º ano. A minha desilusão foi notória com a sua leitura , nem recorrendo ao simbolismo das palavras o livro se tornou mais interessante. Trata-se de uma história infantil como tantas outras, com a habitual intervenção de um príncipe e de um rei.
Pela difícil e funesta leitura da obra de Yvette Centeno, cheguei a conclusão que o melhor remédio seria mudar de obra e optar por Miguel Torga e os seus “ Novos Contos da Montanha”.

Manuel






A capa


Numa primeira visualização da capa do livro “ O Fogo e as Cinzas” podemos concluir que é totalmente verde. E porquê verde? O verde em si associa-se na sua maioria à natureza, o verde escuro está associado ao masculino, à grandeza, e a virilidade.
A imagem apresentada de uma “casa sozinha” remete-nos para o isolamento, isto conjugado com a pouca vegetação leva-me a crer que se trata do Alentejo a terra exibida na capa do livro.

Esta ideia veio confirmar-se com a leitura efectuada.



O titulo ( O Fogo e as Cinzas)



O simbolismo de fogo varia conforme o seu contexto. O fogo aquece, ilumina mas também pode trazer morte e dor. Está também associado ao iniciar da vida, ao “nascer”.
Em relação a simbologia de “cinzas” , o seu uso litúrgico tem origem no antigo testamento, e simboliza dor, morte, penitência e fim. Com isto e com a leitura posterior do livro podemos concluir que a ideia de Manuel da Fonseca era em transmitir o inicio e o fim da vida Alentejana.






Manuel da Fonseca ao escrever este livro dá voz aos problemas do povo da sua terra , o Alentejo , retrata assim a vida pobre dos trabalhadores rurais e a sua luta contra injustiças. Os contos são acerca de um Alentejo rústico e em decomposição, uma terra maravilhosa mas pobre, que a pouco e pouco , vai assistindo a um progresso. As personagens são crianças, velhos e na sua maioria camponeses, alguns deles condenados a exclusão pela pobreza ou até mesmo pelo esquecimento.

Este livro permite-nos também conhecer uma parte interior do escritor, uma parte humanista e muito ligada ao mundo rural identificando sempre os problemas da “gente da sua terra” os locais onde viviam, e a pura “natureza Alentejana”.








Tal como na literatura, a pintura permite-nos também conhecer um pouco do interior dos seus autores. Podemos ligar Monet ( pintor francês) a Manuel da Fonseca , pois ambos nas suas obras retratam na sua maioria ambientes naturais e pessoas rurais e os seus comportamentos.









O melhor conto


O melhor conto tal como no “Homem do país azul” para mim é o “retrato” , retrata a historia da passagem de um jovem da juventude para a maturidade feita assim através de uma fotografia impingida pelos seus pais. Podemos ver através deste conto a importância e a dificuldade da vida dos jovens da época.





JA